“Meu nome é Beatriz, tenho 17 anos e moro em Mauá-SP.

Descobri que tinha escoliose aos 11 anos de idade no final de 2009 já com 42° na toráxica e lombar (escoliose em S) , ano em que comecei a fazer natação e meu professor Denis aconselhou procurar um médico, pois conhece os diversos problemas de coluna. Consultei então meu médico ortopedista, que me acompanhava desde criança e indicou um neurocirurgião pediu para que fosse usado o colete de milwaukee.

Comecei a usar o colete em junho de 2010, todo dia , o dia todo durante dois anos, tirava só para fazer natação e tomar banho. Tive vergonha de ir para escola no primeiro dia mas todos me trataram super bem. Neste período, consultei vários neurocirurgiões até chegar a um que me transmitisse mais segurança e com mais experiência em escoliose. Foi quando fui para o o doutor Luciano Miller de três em três meses, desde 2011 até hoje. Fui aconselhada a retirar o colete em junho de 2012, quando tinha 52° na curvatura toráxica e 55° na lombar. Passei a ir ao médico de seis em seis meses, descobrindo que era caso cirúrgico no fim de 2013, quando tinha +/-65° na toráxica e na lombar e corria o risco de ter maiores problemas no futuro. A cirurgia seria na coluna inteira e no hospital Santa Cecília, em São Paulo. A frequência com que ia ao médico aumentou , fiz muitos exames, dentre eles raio X panorâmico, exame de sangue e outros.

O dia 10 de maio era um sábado alegre e frio: dia da cirurgia. Estava calma, afinal tudo seria resolvido e poderia parar de me preocupar se a curvatura aumentaria ou não. Quando cheguei no hospital fui muito bem recebida, acompanhada para o quarto, onde tomei banho e me vesti com os trajes da cirurgia (avental). Na sala pré cirúrgica, fiz amizade com as enfermeiras , conversando até as dez horas da manhã aproximadamente , quando a equipe do doutor Luciano me buscou de maca até a sala de cirurgia, onde tomei anestesia. Foram 4 horas de cirurgia. Somente acordei na noite do mesmo dia gritando pela minha mãe. Tava com muito frio e sono… Acordei na UTI com minha mãe, que me acompanhou todos os dias. Foram dois dias na UTI depois levantei da cama pela primeira vez, e três dias no quarto, onde fazia fisioterapia, já andava pelo hospital e notei que havia crescido. Todos os dias era “visitada” pelos médicos e por familiares que me deram grande apoio e fizeram com que os dias que fiquei internada fossem alegres apesar de algumas dificuldades e que o tempo passasse rápido.

Fiquei 30 dias em casa para recuperação, retornando frequentemente com o Dr Luciano no consultório Colunar em São Paulo. Depois voltei para a escola, recuperei as matérias e vou até hoje com mochila de rodinhas para não carregar peso.
Hoje faz sete meses que fiz a cirurgia. Estou ótima apesar dos pinos e duas hastes na coluna, fazendo quase tudo o que fazia antes da cirurgia, ainda com limites como abaixar e carregar peso. A estética melhorou bastante: os ombros ficaram alinhados e surgiu cintura:). A respiração melhorou muito, está muito mais fácil tomar fôlego depois de uma caminhada e a cicatriz está cada vez mais clara e fina. Ainda estou em fase de recuperação, que está indo muito mais rápido que imaginei.

Agradeço a Deus, aos familiares e é claro aos médicos e enfermeiros, em especial o Doutor Luciano Miller, que me deu a oportunidade de aproveitar a vida com uma qualidade muito melhor, saúde e felicidade.
Às pessoas que tem escoliose: procure um profissional de referência, continue na luta e nunca perca a esperança e fé : tudo acabará bem.”