O QUE É ESCOLIOSE?

Escoliose é um desvio da coluna vertebral no plano frontal, ou seja a coluna está desviada para a esquerda ou para a direita. Hoje sabemos que essa deformidade é tridimensional, causando além desse desvio, uma rotação da coluna vertebral, sendo responsável pela assimetria das mamas e caixa torácica.

Quando observamos o indivíduo de frente ou de costa com uma assimetria entre a altura dos ombros ou cintura pode ser um sinal de escoliose”

Existem diversos tipos de escoliose a mais comum é a idiopática com cerca de 80% dos casos, outras causas mais comuns são: congênita, neuromuscular, degenerativa. Também temos a escoliose secundária a uma assimetria de membros inferiores.

escoliose

Figura 1 foto escoliose

CAUSAS DA ESCOLIOSE

Em cerca de 80% dos casos, nenhuma causa é encontrada e falamos, então, de escolioses idiopáticas. A freqüência de escolioses familiares é relatada por diversos autores, entre 30 a 60%, sendo 40% o índice mais freqüentemente citado. Atualmente, os especialistas convergem em direção a uma hereditariedade multifatorial.

Existem algumas escolioses com causa definida, como, por exemplo, na paralisia cerebral, ou outras de fundo neurológico, bem como escolioses causadas por mal formaçãos, poliomielite, distrofias musculares, síndromes específicas (Marfan, Rett, Ehlers-Danlos, etc.), tumores, etc.

Em cerca de 80% dos casos, nenhuma causa é encontrada e falamos, então, de escolioses idiopáticas. A freqüência de escolioses familiares é relatada por diversos autores, entre 30 a 60%, sendo 40% o índice mais freqüentemente citado. Atualmente, os especialistas convergem em direção a uma hereditariedade multifatorial.

Existem algumas escolioses com causa definida, como, por exemplo, na paralisia cerebral, ou outras de fundo neurológico, bem como escolioses causadas por mal formaçãos, poliomielite, distrofias musculares, síndromes específicas (Marfan, Rett, Ehlers-Danlos, etc.), tumores, etc.

DIAGNÓSTICO
EXAME FÍSICO

O paciente deve ser examinado de frente e de costas onde analisamos a assimetria da altura dos ombros, escápula e crista ilíaca. Ao examinar o paciente lateralmente avaliamos as curvas fisiológicas da coluna como a lordose lombar e a cifose dorsal.

Na inspeção também observamos a presença de alterações de pele como manchas “café com leite”, tufos pilosos que são sinais de escolioses que são sinais de deformidades com etiologia específicas

Deve-se medir os membros inferiores, pois escolioses lombares a deformidade pode originar dessa  dismetria

Sempre realizar o teste de “Adams” pedindo para o paciente  fletir o tronco e o médico observa assimetria do tronco e a região lombar do paciente. É um sinal precoce da presença de deformidade.

A presença de deformidade associada a alteração no exame neurológico(  força muscular, alterações sensitivas e reflexos patológicos) pode ter como etiologia tumor causando irritação de raízes nervosas e originando a escoliose, por isso sempre realizar uma boa avaliação neurológica.

  • alteração da altura dos ombros
  • alteração de altura das escápulas
  • proeminência das escápulas
  • alteração do espaço entre o tronco e os braços
  • um lado do quadril mais alto que o outro
  • curvatura da coluna

O Teste de “Adams” é extremamente importante para avaliar a escoliose porque permite detectar curvas menores precocemente. Isso é devido na escoliose acontecer uma rotação de toda coluna em seu eixo e não apenas um desvio lateral da coluna.

avaliação da rotação da escoliose com escoliômetro

EXAMES DE IMAGEM

Radiografia

A radiografia permite o diagnóstico e avaliar a melhor forma de tratamento. As posições solicitadas são de frente e perfil em filmes grandes que possibilitem avaliar as 3 curvas da coluna cervical torácica e lombar

Quando o paciente tem o diagnóstico confirmado é necessário a realização de radiografias em inclinação para avaliar a flexibilidade da deformidade, e de bacia para avaliarmos a maturidade esquelética.

Na radiografia medimos o “Ângulo COBB” extremamente importante na condução do tratamento.

Radiografia de frente / Radiografia de perfil

Raio-x inclinação esquerda e direita extremamente importante para indicar colete porque somente deformidades flexíveis, ou seja, que reduzem a angulação quando inclinam podem usar colete

Ressonância Magnética

Deve ser solicitada em deformidades atípicas, curvas de raio curto, rápida progressão, dor e alterações neurológicas.

TRATAMENTO DA ESCOLIOSE

O tratamento divide-se em observação, uso de colete e cirurgia. Na indicação de uma das três formas de abordagem levamos em consideração o grau da deformidade pelo ângulo COBB medido nas radiografias de coluna, a flexibilidade da curva e a maturidade esquelética.

Curvas até 20 graus COBB observamos a evolução da deformidade através de radiografias a cada 3 meses. Muitas dessas deformidades não evoluem, e somente as que evoluírem deve-se colocar colete.

Curvas entre 20 e 40 graus COBB  recomenda-se o uso de coletes  “MILWAUKEE” ou TLSO.

Curvas acima de 40 graus COBB está indicado a abordagem cirúrgica quando está associado a uma descompensação do tronco.

A cirurgia pode ser feita por abordagem anterior ou posterior. O planejamento do número de vértebras a serem incluídas durante o procedimento da cirurgia e o tamanho da incisão cirúrgica dependerá da magnitude e tipo de curva.

Colete TLSO para escoliose

Colete 3D para escoliose

CIRURGIA PARA ESCOLIOSE

A cirurgia melhorou muito, houve uma diminuição das incisões cirúrgicas, os implantes para correção da deformidade melhoraram muito e a correção ficou muito precisa.

Correção de escoliose pré-operatório e pós-operatório

Foto da paciente pré e pós operatório mostrando o objetivo da cirurgia a correção da deformidade e melhora estética

Foto do segundo caso mostrando a excelente correção cirúrgica

PASSOS DA CIRURGIA:

Incisão abertura da coluna colocação dos parafusos e da haste de titaneo

Correção da curva rodando toda coluna vertebral

Correção da curva rodando toda coluna vertebral

A cirurgia de escoliose também ficou muito mais segura devido a dois fatores:

1 monitorização intra-operatória: aparelho que acompanha em tempo real a integridade dos nervos durante a cirurgia

2 O-Arm: equipamento que permite a colocação dos implantes de coluna com uma precisão milimétrica